Equipes de Comunicação da JURA/SARAU
Festa com ativismo. O Sarau “Lugar de Negro”, que rolou ontem à noite, 22, em Cuiabá, mostrou como poesia, canto, dança, mística e ciranda rimam com luta social, organização popular e militância.
A atividade ocorreu no saguão do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)/campus Cuiabá e destacou a obra da filósofa e antropóloga brasileira, Lélia Gonzales.
A poetisa Lupita Amorim lembrou da mãe guerreira e chamou a galera pra luta, porque a vida é uma batalha, principalmente pra quem é travesti preta, pobre e periférica... com orgulho! Maria Clara, recitando Elisa Lucinda, denunciou e desbancou o machismo branco.
MC Ahgave deu um salve ao Movimento, que é escola de vida e resistência. Gê Lacerda animou a ciranda e pôs fogo no engenho. Também teve Smille, Lindava, Gabi, Vitória Portes, DowGueto, MC Donzela e espaço livre pra quem quis se expressar.
O sarau também contou com a exposição Grandes Heroínas Negras. Entre as homenageadas: a fundadora do Instituto da Mulher Negra-Geledés, Sueli Carneiro; a cantora Elza Soares; a escritora Carolina Maria de Jesus; a líder quilombola Tereza de Benguela; a política Antonieta de Barros; a professora Bernardina Rich; a enfermeira Izabel dos Santos; a ativista Laudelina de Campos Melo; a pedagoga Antonieta Luisa Costa; e a pesquisadora Candida Soares da Costa. O artista Regis Gomes grafitou a imagem de Lélia Gonzales.
O sarau faz parte de um projeto de estágio da discente Suzy Costa, que integra o Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Questões Agrária, Urbana, Ambiental e Serviço Social (QUESTOESSES)/UFMT.
A atividade teve a organização do Grupo QUESTOESSES, da equipe de discentes do curso de Serviço Social, da JURA (Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária) e do ICHS. E apoio: da ADUFMAT (Associação dos Docentes da UFMT), do Coletivo Negro Universitário e da Favela Ativa.
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